sábado, 10 de outubro de 2009

Tanja - Marina Brito

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Eu não era, era não eu, era teu, era tão teu que me perdia por não ser eu contigo, só teu; eu não era eu, me perdi por tu seres TÃO que era só teu. Hoje? não sou. Me perdi sem ti que não é mais meu, não sou eu, sou o nada que me deste por ter sido tão teu.

Eu não sou, não sou metade do inteiro que era quando era contigo, 'não sou metade do inteiro que sinto'. Não sinto se não contigo, só sou metade do que sinto, e se sinto que só te posso, sem sentir, então não sou nem metade do inteiro que sinto. Não sem ti. Sem ti eu não sou, não sinto.

Eu era metade, em ti encontrava tudo que saciava minha vontade. Eu sou parte, partida ao caminho de encontro do nada, eu sou nada e nada sinto em mim além de tudo que em ti encontrava, e em ti, em relação a mim, nada restava.

Eu era inteiro, eu era mais um em dois: um só, era tão teu que era tu e eu em mim, só contigo; Eu não era só.

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