Juliana um dia descobriu que, se ela quisesse ser amada, teria que começar a amar. Então tentava dia-a-dia demonstrar o seu carinho pelas pessoas que a cercavam. Aprendeu a abraçar, beijar e dizer que gostava. Aprendeu a pedir carinho também, afinal ninguém adivinha quando a gente quer cafuné ou não. Mas pedir não era bem uma habilidade.
Não se sabe se foi perceptível, mas Juliana mudou muito em relação a proximidades.
Juliana agora perdeu a vontade, a vontade de amar, a vontade de demonstrar o amor. Juliana perdeu a vontade de querer ser amiga. E o mais dolorido disso tudo e que, querendo ou não, as escolhas vão levá-la cada vez mais para longe.
Ela sabe que para sempre poderá voltar para sua casa. Porém atormenta Juliana, dúvida muito que nessas condições ela queira voltar.
(Thereza.)
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